29/01/2010

28/01/2010

tentações

Sinto-me tentado em acreditar em Belmiro de Azevedo, um Presidente ditador e um Poeta sem juízo é tão natural como o restaurador Olex. O problema que se me afigura nestes elogios, é que eles cabem sempre na carapinha de qualquer um, por exemplo, este Belmiro de Azevedo quando diz que os empregados dele estão todos satisfeitos, frase que vomita bastas vezes, passa bem por mentiroso, é que muitas das ocasiões em que me encontro com os ditos empregados, surge por vezes essa linda metáfora à baila e, até hoje, nenhum me confirmou a veracidade de tal afirmação, bem pelo contrário Vamos a ver e afinal o homem também gosta de figuras de estilo e é um poeta sem juízo ou então o ditador do quintal Sonae. Estamos bem entregues estamos.

26/01/2010

25/01/2010

charlie brown

Sábado no Maxime, conheci uma nova e entusiasmante banda portuguesa, os Charlie Brown presentearam-me com algumas das melhores músicas feitas neste cantinho. Independentemente das influências, notórias na versão do segundo vídeo aí em baixo, é uma banda com um som próprio, o que para quem só tinha 7 ou 8 originais para apresentar me parece extraordinário. Desde os Mler if Dada que não gostava assim tanto de um grupo numa primeira audição, e, como os frequentadores daquela casa sabem, as condições sonoras não são as melhores. A seguir com atenção.

24/01/2010

2 novas casas

http://www.myspace.com/thevergeoficial http://the-verge-band.blogspot.com/

22/01/2010

15/01/2010

viking moses

Ontem, na ZBD, o que me surpreendeu não foi tanto a música mas o despojamento ou, até mesmo, a crueldade de brincar com excelentes canções ao ponto de começarem sem começo e acabarem sem fim e no meio divagar ao sabor da mente tortuosa de Brendon, que sendo muitas vezes genial, também sabia ser patético noutras. Ainda bem, nós é que ficámos a ganhar. Depois foi beber, calmamente, umas cervejas e conversar com as pessoas como se não fosse nada com ele. Raios o partam.

14/01/2010

Sympathético

Please allow me to introduce myself. Danças com o Diabo nas asas de um anjo dizendo olá a Jesus Cristo na cruz que tranpostas nas costas de um Deus que não sentes nem conheces. Pleased to meet you, hope you guessed my name. Como queres que saibam o teu nome se não o escreves, se não o dizes, se não o gritas, se não o pintas a vermelho sangue escuro sem luz? Oh yeah. Tell me baby, what's my name, tell me honey, can ya guess my name? E insistes. Foda-se, não vês que não é assim, não podes ser uma aparência errática num abismo que não é só teu, na certeza de que daqui ninguém sai vivo como dizia o outro. But what's confusing you is just the nature of my game. E pensas jogar, mas não te está na natureza, o jogo claro, não conheces as peças, desdenhas das regras se é que as entendes, falta-te a habilidade e o estímulo. Querias jogar, mas não sabes. Use all your well-learned politesse or I'll lay your soul to waste. Sobram-te os poemas que afagas na inquietude do tempo, as palavras que embalas em melodias sem lugar e a sensação permanente de uma vida vazia. Uma dor com alma dentro. Oh yeah. (woo woo, woo woo) So if you meet me, have some courtesy, have some sympathy and some taste. Resta-te a compaixão num caixão lançado rumo ao futuro, a tolerância tolerada em desespero e a puta da ânsia sofrida nos passos de dança nas asas de um anjo dizendo olá a Jesus Cristo na cruz que transpostas nas costas de um Deus que não sentes nem conheces. Fuck-se! (woo woo, who who)

11/01/2010

afectivamente

O ano começa bem, depois de acabar a aventura em Alcabideche, a minha amiga só dizia que não se tinha produzido para aquilo, regressámos a Almada e fomos ao Knock-out bar http://www.clubeknock-out.web.pt/, que tem sempre umas bandas de baile modernas porreiras, agora chamadas, efectivamente gosto da aparência, de bandas de covers. Mal saímos do carro diz o meu irmão, mais adiantado no passo, estão a tocar o While my guitar gently weeps, que, por acaso, é a única versão que estamos a inserir no nosso alinhamento e tinhamos acabado de ensaiar antes de partir para aquele filme em Alcabidechejo, entrámos e estava a tocar o Trio Manaia do Alexandre Manaia, que já tocou com o Rui Veloso e com o efectivamente sem moralizar atirem-me água benta Reininho e só pensava, se até este anda por aqui isto anda mesmo mau, o bar até é engraçado mas sei que paga muito mal, de qualquer forma ainda bem que há mais gente a tocar porque gosta, como também gosto de quem gosta, de bons guitarristas, de calor humano sem correntes de ar, diria que até se esteve bem. Efectivamente, pior foi depois, mas felizmente é pessoal e intransmissível. Efectivamente é o Manaia que aqui está a tocar com os GNR.

10/01/2010

The Piano Has Been Drinking (Not Me)

Voltar a ter saldo no telemóvel exactamente no segundo que começa o ano talvez seja uma forma extraordinária de iniciar a nova data para as novas gerações, para mim celebrei com mais um copo e fui tocar bateria. Entretanto fui conhecer o bar onde tinha um concerto marcado para dia 22, depois de mais de 1 hora às voltas em Alcabideche, lá encontrei o dito numa esconsa zona industrial em que a estrada de areia se transformava num lamaçal digno de qualquer sapato mais engraxado, então dos saltos altos que uma amiga minha levava nem vos digo. Apesar do mau início pensámos que o pior já tinha passado, o responsável chega afável e leva-nos para mostrar o local onde iríamos tocar, abertas as portas ficámos todos de boca aberta a olhar para uns, para os outros e para lado nenhum, um barracão em obras mais umas colunas velhas por onde eu duvido que consigam sair sons decentes e um frio pior do que o da rua devido a umas correntes de ar malucas que pareciam vindas das profundezas dos pólos. Vendo a nossa cara de espanto, o dono só dizia que até dia 22 acabava as obras e nós, todos, a pensar, ok, 22, mas de Janeiro do próximo ano, continuando, perspicaz, a observar-nos lá disse que podíamos tocar na sala principal, que era difícil encher mas tinha melhores condições. Lá fomos até à sala principal, onde havia uma festa e tudo, melhor, dava para ver as condições com a sala composta. Entrámos e começa-se a ouvir sons de forró, bem, festa é festa, deixa ver, meia-dúzia de marmanjos com muito bom aspecto a jogar snooker antes da entrada na sala, bem, quem vê caras não vê corações, seguindo, finalmente a sala principal, grande, com palco e tudo, tão grande que as cerca de vinte pessoas que estavam lá dentro pareciam a rainha de Inglaterra sozinha no palácio de Buckingham a dançar forró, ultrapassada a figura de estilo mal enjorcada, reparamos nos varões, que me faz retornar à rainha, agora a dançar no varão de fio-dental na dentadura amolecida pelos anos, o David Lynch ria-se e o Tom Waits cantava-me ao ouvido The Piano Has Been Drinking (Not Me), portanto o melhor era beber também. Porra pá, não me importo mesmo nada de tocar para putas, no fundo os músicos também são umas grandes putas, sempre prontos a dar o cu e mais qualquer coisa, por uma palavra, um aplauso, um miminho seja ele qual for, mas que haja putas então e clientes e mais clientes e mais putas e faríamos uma orgia, mais alternativa, mas uma orgia. Agora assim, porra pá. E as correntes de ar continuavam. The piano has been drinking, my necktie is asleep And the combo went back to New York, the jukebox has to take a leak And the carpet needs a haircut, and the spotlight looks like a prison break And the telephone's out of cigarettes, and the balcony is on the make And the piano has been drinking, the piano has been drinking... And the menus are all freezing, and the light man's blind in one eye And he can't see out of the other And the piano-tuner's got a hearing aid, and he showed up with his mother And the piano has been drinking, the piano has been drinking As the bouncer is a Sumo wrestler cream-puff casper milktoast And the owner is a mental midget with the I.Q. of a fence post 'Cause the piano has been drinking, the piano has been drinking... And you can't find your waitress with a Geiger counter And she hates you and your friends and you just can't get served without her And the box-office is drooling, and the bar stools are on fire And the newspapers were fooling, and the ash-trays have retired 'Cause the piano has been drinking, the piano has been drinking The piano has been drinking, not me, not me, not me, not me, not me