Não há nada de especial,
na noite caída,
o precipício do corpo,
talhado no cansaço
de sonhos confusos.
O silêncio.
A vida sobre os ombros,
nem deserto nem oásis,
só tudo,
palavras truncadas no pensamento.
O silêncio.
Não há nada de especial,
entre o ir e vir,
as portas que se abrem
para se fecharem a seguir,
o cinzento de Verão abafado lá fora.
O silêncio.
Um autocarro sobre a memória.
Porra! Quanto?
O valor a vencer a idade,
gotas mornas na vidraça.
E o silêncio.
Não há mesmo nada de especial.
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