"Quando nascemos, alguma divindade marca com uma cruz preta o nosso nome e a partir daí a vida não dará tréguas, não encontraremos senão obstáculos, chacota, ciladas, e teremos de suar a mais pequena alegria, remando, lutando contra a corrente, vendo os afortunados a deslizar na margem, de trunfo na mão, e sem nos permitirem a menor distracção, pois é isso que se espera de nós, que cedamos um instante ao desânimo para que a arma penetre até ao cabo."
Prosas Apátridas, Julio Ramón Ribeyro, tradução de Tiago Szabo, ed. Ahab
Sérgio Lavos aqui: http://www.retrato-auto.blogspot.com/2011/12/livros-do-ano-1.html
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