23/08/2008

do not pirimpapalhate

Estas semanas de Jogos Olímpicos, conseguiram fazer a silly season ainda mais silly do que o costume. No nosso cantinho, quando toca a grandes eventos desportivos, entramos em grandes devaneios, penso que próprios de um povo que a principal actividade física estará algures entre a sueca e o dominó ou a malha e o chinquilho, onde o órgão mais exercitado será a língua. Se existisse uma cultura de desporto séria, tão simples quanto uma prática real nas escolas, e uns media que não perdessem horas a promover menoridades como a bola que entrou ou não entrou ou o tipo de fitas que cobrem os brincos do Ronaldo, talvez fosse diferente. Neste Portugal onde todos somos mais bolos e as declarações de figuras públicas com responsabilidades efectivas são o que são, ficamos chocados com um rapaz que de manhã é mais caminha. Por mim, que o sono não lhe seja pesado e que continue a encarar o mundo com tanta descontracção, bem faria a todos nós, talvez não partíssemos do princípio que somos os melhores do mundo quando na realidade enfim, somos mais bolos e parece que caminha também. O que é mais anedótico é que isto só acontece no desporto, logo no desporto, com todo o carácter aleatório, de sorte e azar e onde os adversários são isso mesmo adversários com possibilidades e vontade própria, como o João Lopes tão bem vem referindo (desde o Europeu) no Sound & Vision. Agora vou comer um pastel de nata. Já que não encontro os bolos fica aí o do not pirimpapalhate the alhey woman ou o que quer que seja.

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