31/01/2013

bom dia

Manuel Zacarias Segura Viola tem um coração do tamanho do mundo, o problema é o buraco do ozono.

29/01/2013

out to get you




I'm so alone tonight,
my bed feels larger than when I was small,
lost in memories,
lost in all the sheets and old pillows,
I'm so alone tonight,
miss you more than I could let you know,
miss the outline of your back,
miss you breathing down my neck,
oh, they're all out to get you,
once again, they're all out to get you,
once again..
Insecure, whatcha gonna do?
feel so small they could step on you,
called you up, answering machine
when the human touch is what I need, what I need
is you. I need you.
looked in the mirror,
I don't know who I am anymore
the face is familiar but the eyes,
the eyes give it all away..
oh, they're all out to get you,
once again, they're all out to get you,
once again..
here they come again, here they come again, here they come
again.. they're all out to get you, once again
they're all out to get you.. once again

dói-dói

Quando um homem se queixa, alguma coisa lhe dói.

José Saramago - Levantado do Chão

bom dia

Manuel Zacarias Segura Viola sabe que a vida é feita de encruzilhadas e que, algumas vezes, falta a coragem para escolher um caminho. Sabendo à partida que todos estão esburacados e no fim têm a mesma recompensa, resta ao coração de Zacarias virar-se e apreciar os tombos da viagem.

28/01/2013

esquizofrenia colectiva

Grandes notícias de ontem, as 20 mil embalagens de antidepressivos vendidas por dia e o acidente de autocarro numa qualquer estrada de Portugal. Não parecendo relacionadas, são mais do que superficialmente se possa pensar. Nos últimos anos, principalmente desde o aparecimento dos canais de televisão privados, o paradoxo entre a cultura big-brotheriana/morangos com açucar, redes sociais e afins e a exploração mediática dos acidentes das crianças que morreram nos aquaparques, de entre-os-rios ou o de ontem por exemplo, tudo isto aliado ao paradoxo ainda maior, porque diário, da ficção do crédito e da realidade do pagamento, e se a isto tudo se juntar essa fantasia pseudo-pós-moderno-auto-motivadora de afirmação da personalidade e do ego que é o facebook, através de uma exposição pública da vida privada, faz com vivamos numa sociedade no mínimo esquizofrenoide.
Alheado das notícias, uma amiga perguntava-me se não tinha pena, como essa amiga costuma dizer, penas têm as galinhas, disse-lhe que lamentava claro, mas que me faz impressão e até nojo uma sociedade onde um simples acidente se torna um assunto mediático desta envergadura e que, no fundo, esta mediatização acaba por ser uma falta de respeito pela tragédia individual e única de cada pessoa envolvida no respectivo acidente, isto para já não falar da imediata procura "justicialeira" de responsáveis.
Como é possível não andarem todos a dar nos antidepressivos, numa sociedade fantástico/fantasiosa e imatura como esta, que depois, com toda a naturalidade da força da realidade, se revela em todo o seu esplendor de dificuldades, acidentes, catástrofes.
Como diria o outro: "É a vida pá." E a vida não são só fotografias bonitas e frases feitas do facebook.

i was born to love no one

No “libreto” que acompanha esta edição da obra integral de Nick Drake (1948-1974), lê-se a páginas tantas que a música do songwriter britânico é de tal modo bela que nos faz sentir vergonha da fealdade do mundo. Não é exagero. A música de Drake reflecte a estatura do seu autor, olha-nos do alto de uma solidão cuja sensibilidade e fragilidade nada têm que ver com a arrogância dos mensageiros da verdade. As canções de Nick Drake transpiram dúvida, caminham lado a lado com a insegurança e a incerteza dos homens que se perdem numa floresta.

hmbf aqui: http://universosdesfeitos-insonia.blogspot.pt/2013/01/100-albuns-assustadores-80.html





I was born to love no one.
No one to love me.
Only the wind in the long green grass,
The frost in a broken tree.
I was made to love magic.
All its wonder to know,
But you all lost that magic,
Many many years ago.

e aqui: http://universosdesfeitos-insonia.blogspot.pt/2013/01/i-was-born-to-sail-away-into-land-of.html

lento

Lento,
tento ultrapassar
Em mim aquilo que sou
Como a brisa que passou
E me disse a sussurrar
A natureza,
que são as coisas todas
Leva o tempo que o tempo faz
Assim,
perco e ganho a paz
Como o cair perene das folhas

Lento,
tento ignorar
Em mim o sono que despertou
Como o sonho que acordou
E me disse a sussurrar
A vida,
que é tudo o que temos
Leva o tempo e o tempo traz
Assim,
perco e ganho a paz
Como tudo o que ganhamos e perdemos

Lento,
tento aproximar
Em mim a alma que sou
Como o espírito que voou
E me disse a sussurrar
O amor,
que são as coisas que fazemos
É todo o tempo que o faz
Assim,
ganho sempre a paz
Como a eternidade que queremos

fiesta




bom dia

Quando faz a barba, Manuel Zacarias Segura Viola gosta de brincar com a espuma e rir-se do ridículo que figura na imagem que o espelho representa, num saudável destrambelhamento da efemeridade de todas as coisas, da espuma, dos pelos e de Zacarias himself. E o coração de Manuel Zacarias Segura Viola sempre gostou de gente defeituosa e destrambelhada, desde que reconheçam a ironia desta merda toda e, sobretudo, saibam rir-se de si próprios.

27/01/2013

hurt


tanta paisagem

O que mais há na terra, é paisagem. Por muito que do resto lhe falte, a paisagem sempre sobrou, abundância que só por milagre infatigável se explica, porquanto a paisagem é sem dúvida anterior ao homem, e apesar disso, de tanto existir, não se acabou ainda.

... Tanta paisagem. Um homem pode andar por cá uma vida toda e nunca se achar, se nasceu perdido. E tanto lhe fará morrer, chegada a hora.

José Saramago - Levantado do Chão

23/01/2013

soneto do membro monstruoso


Esse dysforme, e rigido porraz
Do semblante me faz perder a cor:
E assombrado d'espanto, e de terror
Dar mais de cinco passos para traz:

A espada do membrudo Ferrabraz
De certo não mettia mais horror:
Esse membro é capaz até de pôr
A amotinada Europa toda em paz.

Creio que nas fodaes recreações
Não te hão de a rija machina soffrer
Os mais corridos, sordidos cações:

De Venus não desfructas o prazer:
Que esse monstro, que alojas nos calções,
É porra de mostrar, não de foder.

Bocage

à atenção da família Silva


bom dia

Manuel Zacarias Segura Viola gosta de todo o tipo de sex toys, desde os mais simples falos e dildos aos vibradores mais retorcidos de todos os tamanhos, cores e velocidades, das famosas e sugestivas algemas ao chicote maroto, da lingerie catita cheia de pormenores às bolas chinesas para o rabinho, dos anéis vibratórios aos óleos massajadores mais requintados, e, enfim, tudo onde a imaginação, a vontade e dilatação couber.
O que o coração de Zacarias não suporta são os assépticos preservativos, independentemente da cor, cheiro ou sabor, sabem sempre a falso e cheiram sempre a medo.


empreendorismo nacional

dildos anais



com tamanhos destes não vamos lá

A Mad and Faithful Telling

o homem romântico


Sempre vi a vida como um romance romântico sempre presente.
Como uma paixão apaixonada assolapada e assolapando tudo e todos,
que arrebata, que assusta, que vibra, que se empenha,
que destapa a verdade na crueza da carne e o sentido no toque da pele.
A paixão o desnorte bravio de uma gota num ciclone.
O amor uma lágrima parida na ausência do ego,
estatelada na distância de todas as coisas do mundo
e o desejo o elo natural que liga o espírito.


Mas não é.
Nesta contradição, desapareço no ridículo da minha ansiedade,
e, como um fantasma sem corpo,
procuro respirar mas falta-me a boca.
Sem saber como nem porquê, fazem-me uma pergunta:
Estás branco, que se passa?
Olho ao redor espantado,
tento ver-me e não consigo.
Branco como se não me vejo,
se não vislumbro um pedaço de mim que seja?
Podias dizer que sou baixo, alto, grande ou nem por isso, que sou todo bom,
bombeiro, homem do lixo, lixo, doutor, engenheiro, político, parvo, asno,
magro, gordo, feio, o sol na terra, a tempestade no mar, o mar sem sal,
um tadinho coitado, um vilão, garanhão, um herói super, um super tudo, um super nada,
que o vazio é o lugar onde não me encontro.
Largo o palavreado hipérboleufemisticado e começo a procurar-me,
vagueio por todo lado e por lado nenhum porquê não me sei onde.
De repente, dá-me uma comichão nos tomates e bato com os cornos no chão.
Acordo.

Such a Lovely Thing


And I will give you everything
Just please don't stop singing,
The world would stop spinning
aroooouuund
It's an elusive thing,
This love of which we sing,
What are we doing?
What are we doing here?

22/01/2013

How It Ends




cena 2



NARRADOR
Ei-la em todo o seu notável esplendor, a puta! Ilusão abstracta e emaranhada como um sonho que não tens, emoção descontínua que faz mas sobretudo desfaz, poço escuro por onde deslizas e estatelas sem contemplações, predadora voraz de um fado já esboçado e desafinado. Olhem bem, vejam como se ri, a déspota, como se baba ávida pelo sal do sangue quente, como se alegra num festim de desengano, desilusão e perda.
Ei-la, a puta, que indomável acelera o tempo e domestica a ambição.

ROSA
No outro dia li algures que uma pessoa que viva o suficiente acaba por ver passar os cadáveres dos seus inimigos, tenho pensado muito nisto. Não é irónico?

JACK
Sim, mas a verdade é que dos amigos também. Não sei o que será mais irónico nem sei mesmo onde está ironia, de qualquer forma se existe alguma certeza nesta vida, a perda é o certo centro dessa certeza e não existe solidão maior que perder alguém, amigo ou mesmo inimigo.

ROSA
Ok Jack, mas tu percebeste o que eu queria dizer...


JACK
Queres uma deixa que te permita continuar ou que me permita a mim continuar. Não sei se tu percebeste o que eu quis dizer? Temos pouco mais que a loucura da certeza da inconsequência, um bocado, um pedaço, uma terra, um país, um continente, um mundo, o universo. Um tanto que é só isto, nós e a nossa eternidade ilusória, sem palavra, sem expressão, sem conjecturas, sem falácias, sem engano, sem política. Apenas nós até ao fim.

ROSA
Lá estás tu, não se pode falar contigo.
Que queres? Sorrir aos Deuses e acomodares-te no Olimpo.

JACK
Não Rosa! Sorrir aos Deuses e dizer-lhes que dificilmente me domam o espírito mas que quero que continuem a tentar até me dobrarem e pararem com as revoluções fictícias mais os golpes neste estado que sou, segurarem-me nesta atrofia que figuro e ampararem-me a queda desta tristeza que me assalta quando o vento me larga sem norte. E vens tu falar-me de coisas sem sentido.

ROSA
Que dizes? Estás doido Jack.

JACK
Sim, doido varrido. Preciso que a melodia que rodopia na minha cabeça se torne uma canção e se faça em arco-íris com um pote de ouro no fim ou em balões vermelho sangue que o vento leva em festa pelo céu azul. Já viste como tudo é irónico e vens falar-me de inimigos.

ROSA
Mas alguma vez pensaste que isto é um paraíso, serves-te das palavras, mergulhas assim nas palavras como se nelas encontrasses uma réstia de razão para este mundo.

JACK
Razão, qual razão? A tua, a minha, a do mundo inteiro, a de deus, a do universo? Qual razão? Se me deres uma dou-te um beijo.

ROSA
Um beijo? Essa é boa.

JACK
Sim um beijo por uma razão.

ROSA
Sobreviver e não esperar por nenhum paraíso, não esperar por muito mais do que o que é palpável, o mais provável é que o que temos seja pouco mais que isto.
Olha que isto já não é pouco e às vezes até nem é mau.
Dá-me lá esse beijo.

JACK
Não, ainda não Rosa. Será que não vês a farsa que somos, uma farsa feita de erros, de falhas, de mentiras, de arrependimento, de solidão, porque numa coisa tens razão, isto aqui não é o paraíso, mas é o lugar que o teu corpo ocupa, é o lugar que a tua cabeça pensa, é o lugar que o teu coração sente e por mais estranho que pareça por vezes isso não é suficiente.
Às vezes só me apetece repousar deste caminho solitário, virar o corpo ao contrário até que o sangue expluda na minha cabeça e engane este tempo que fazemos.

ROSA
Só estava a fazer conversa e agora só te pedi um beijo, um simples beijo, mas hoje estás lançado e não se consegue mesmo falar contigo, não te pedi uma aula de filosofia ou de literatura de cabeceira.
Com mais ironia ou menos ironia dás-me um beijo ou não?

JACK
Aula? Qual aula?
Queres ironia Rosa. Fode-me até eu cair inerte e podes dizer que me amaste até à morte.

ROSA
Isso sim, seria irónico, mas um pouco trágico não?

JACK
Não sei.

ROSA
Não sabes? Como é que não sabes?

JACK
Sim, não sei. Para mim não era tragédia nenhuma, a morte só é trágica para os que cá ficam e mesmo assim tem prazo de validade.

ROSA
Cínico. És mesmo cínico. Isso era o que tu querias, mas para tragédia já me chega a vida. Foda-se, queres mesmo continuar a discutir?

JACK
Não, mas quero que tu continues a discutir comigo.

ROSA
Cala-te e beija-me!

JACK
(beija-lhe os dedos dos pés subindo devagar demorando-se em toda a carne que encontra, entre as coxas e o sexo para e diz)
Vês como eu tinha razão.


ROSA 
triste, vira-se de costas para Jack)

JACK
Isso quer dizer que não me vais foder até morrer.

ROSA (voltando-se para Jack a rir)
Até morrer não Jack, mas posso ver se chegas ao nascer do dia.

17/01/2013

Filomena

Morreu uma das pessoas mais lindas que conheci. Uma pessoa que me ajudou a crescer, que me ensinou a ser melhor, que me ensinou o que são valores da única forma que se pode ensinar,  não com imposições, sermões ou pseudo-dramatizações, mas simplesmente sendo. A tranquilidade, o carinho, a atenção, a disponibilidade, a bondade, o amor, eram tão naturais como o respirar.
Nos últimos anos pouco falávamos, uma morte precoce e estúpida fazia com que os nossos encontros fossem tristes e difíceis, infelizmente nunca soube lidar bem com esta situação. Se há 9 anos nos foi arrancado um grande pedaço de vida, agora o pedaço não é mais pequeno. Espero conseguir ser apenas um pouco do que foi.

15/01/2013

undone


Take
If you must take me
I will not go peacefully
I left someone waiting for me
I left things so terribly...
Undone

14/01/2013

perfect day

bom dia

Manuel Zacarias Segura Viola é um existencialista funcional formalmente racional romântico, idealmente materialista cínico determinado num humanismo empírico iluminado de um utilitarismo pragmático e/ou empírico. Realista/platónico sem sombras de dúvidas com laivos de niilista fenomenológico assumido.
Assim, o pensene do coração de Zacarias toma consciência que para se ser esta merda toda é preciso um estoicismo do caraças.

12/01/2013

bom dia

Manuel Zacarias Segura Viola sabe que a vida é dura, que é pouca, que, por vezes, parece impossível, que os sonhos são fantasias, que as fantasias são sonhos, que tudo isto é nada, que este nada pode ser muito, que o muito não se define, que as definições são vagas, que vagas podem ser as ondas onde mergulha, que as ondas se transformam em espuma, que a espuma morre na areia, que a areia é finita como finitas são as pegadas que se marcam. Zacarias sabe que a beleza é um conceito, como tristeza, felicidade, paixão, raiva, angustia, eternidade, até o amor, esse marco da cultura cristã que serve um pouco para tudo e para nada.
Uma coisa o coração Zacarias também sabe, a dor é bem real e não sente especial apetência por masoquismo.

amen

detalhes pouco importam

11/01/2013

10/01/2013

John Cage



I have nothing to say
and I am saying it

tadinho


money, money, money

distância

Levanto-me e olho o céu
numa tarde de primavera sob o vôo das galinholas.
Estranho! A estrela maior
é uma coisa minúscula, pequenina
que a folha do vidoeiro pode cobrir.
– – –
Distância, é a distância
que torna o que é eterno suportável
Ainda bem que lança tão grande sombra,
a pequena coisa que está próxima…


Hans BØrli

ok tásse é na próxima vida

Hoje, estive endiabrado no jogo de andebol que faço semanalmente com amigos. Foram golos das pontas, do meio, da meia distância, de contra-ataque, com a mão direita, com a esquerda, de chapéu, de roscas, até um de costas para a baliza, alguns 17 ou 18 para todos os gostos e feitios. Corri que nem um desalmado, lá passar pelos cinquentões até é fácil, já passar pelos putos de 15 ou pelos trintões poderia ser mais difícil, não foi, hoje comi-os todos, perdoem-me a linguagem. Levei chapadas, abriram-me a boca, tenho a coxa negra e um dedo torceu ligeiramente, dar não dei, nunca precisei desses expedientes para fazer o meu trabalho de forma competente e, por vezes, mais que competente. Tem sido assim, sempre assim em tudo, além disso, eram só homens, ia dar-lhes o quê? Não fosse o ridículo dos 43 anos, ainda pensaria ser chamado à selecção, nem que fosse do Burkina Faso.
Para um menino coitadinho não está mal, podia dedicar-me a fumar 2 maços por dia a macerar qualquer coisa assim fixe para ter mesmo de viver menos, como uma coisa má ou algo pior, uma questão de responsabilidade claro está, mas isso está reservado para a minha vida seguinte, quando eu vier como uma alma mais velha e sapiente que esta que é muito novinha e, outras vezes, novinho, tinto claro.
Foda-se, vou mas é ao bruxo, não vá no próximo jogo bater com as astes e ter um traumatismo comatoso, depois fica tudo a gozar, não fumaste, viste (não verei estarei em coma), mais valia teres fumado. Ok tásse.

09/01/2013

Varúð



Og vindur undan fráE longe de acabar
Sem hverlir orðnar múrarComo cada uma das paredes se tornam

presente

principalmente se eu próprio não me quero lembrar de nada




Não posso dizer a ninguém como ouvir ou como olhar e, com certeza, não lhes posso dizer o que lembrar...

04/01/2013

queres dançar



Queres dançar,
trocar as voltas ao tempo
na medida de um compasso
soltar o corpo ao vento
esquecer o cansaço.

Queres voltar,
à memória de um espaço
no exacto de um contratempo
desatar o nó laço
que te prende o movimento.

Mas a hora é distante
e um lugar não é um caminho
a história não é uma constante
nem contigo nem sozinho.

In my true country got no paths




My true country far and wide,
Cars along the riverside,
Far above the chimney tops,
Take me where the bus don’t stop.
In my true country got no paths(?),
Married in the photograph,
Come to the piano dear,
Love will wipe away your tears.
Dance along the edge with me,
And we’ll see as far as we can see.
My true country wild and free,
My true country you and me,
Pushing horses in the snow,
Children wearing Sunday clothes.
Dance along the edge with me,
And we’ll go as far as we can see.
My true country wild and free,
My true country waiting there for me

nem mais

À bondade, caridade e solidariedade da tua estirpe, eu continuo a preferir sentar-me à mesa da liberdade, da igualdade e da fraternidade… Pedro.

texto integral aqui aqui http://universosdesfeitos-insonia.blogspot.pt/2012/12/bondade-caridade-solidariedade.html

03/01/2013

get up




Get up, stand up: stand up for your rights!
Get up, stand up: stand up for your rights!
Get up, stand up: stand up for your rights!
Get up, stand up: don't give up the fight!
Preacherman, don't tell me,
Heaven is under the earth.
I know you don't know
What life is really worth.
It's not all that glitters is gold;
'Alf the story has never been told:
So now you see the light, eh!
Stand up for your rights. Come on!
Get up, stand up: stand up for your rights!
Get up, stand up: don't give up the fight!
Get up, stand up: stand up for your rights!
Get up, stand up: don't give up the fight!
Most people think,
Great God will come from the skies,
Take away everything
And make everybody feel high.
But if you know what life is worth,
You will look for yours on earth:
And now you see the light,
You stand up for your rights. Jah!
Get up, stand up! (Jah, Jah!)
Stand up for your rights! (Oh-hoo!)
Get up, stand up! (Get up, stand up!)
Don't give up the fight! (Life is your right!)
Get up, stand up! (So we can't give up the fight!)
Stand up for your rights! (Lord, Lord!)
Get up, stand up! (Keep on struggling on!)
Don't give up the fight! (Yeah!)
We sick an' tired of-a your ism-skism game -
Dyin' 'n' goin' to heaven in-a Jesus' name, Lord.
We know when we understand:
Almighty God is a living man.
You can fool some people sometimes,
But you can't fool all the people all the time.
So now we see the light (What you gonna do?),
We gonna stand up for our rights! (Yeah, yeah, yeah!)
So you better:
Get up, stand up! (In the morning! Git it up!)
Stand up for your rights! (Stand up for our rights!)
Get up, stand up!
Don't give up the fight! (Don't give it up, don't give it up!)
Get up, stand up! (Get up, stand up!)
Stand up for your rights! (Get up, stand up!)
Get up, stand up! ( ... )
Don't give up the fight! (Get up, stand up!)
Get up, stand up! ( ... )
Stand up for your rights!
Get up, stand up!
Don't give up the fight!

bom dia

O olfacto não é dos sentidos mais apurados de Manuel Zacarias Segura Viola, mas que sente um cheiro bolorento a sto. tóino oliveirinha salazarucho no ar sente, e não se admira que o glorioso Benfica ande à frente do campeonato quase até ao fim do mesmo. Tudo isto, mais a gabriela em retro-pós-moderno-erótico-porno-chic sem penetração, a despir-se para dar tusa aos reformados, qual nova nossa senhorita fatinha aparecer todinha ao léu não no céu mas em todos os amigalhaços de amigalhaços de outros amigalhaços e lhaças também do fakebook com um smartphone todo giro-vibratório para dar tusa aos, tipo, novos novos, aos novos velhos, aos velhos novos e aos sempre velhos.
Nesta amálgama confusa, o coração de Zacarias bate, gira, rodopia e vibra de emoção com estes novos tempos e, felizmente, ainda consegue levar o sangue quente a todas as extremidades do corpo.

bom dia

Manuel Zacarias Segura Viola tem uma constituição própria, que revê de vez em quanto sem nunca enviar para o Tribunal Constitucional. Quando tem dúvidas sobre a legalidade ou oportunidade de determinadas decisões, pára, escuta, olha, volta a olhar, a escutar e, por muito que lhe possa ser útil, tenta não atropelar nem enganar ninguém.
Por isso, o coração de Zacarias quando ouve os nomes Cavaco e Coelho só lhe apetece parar de irrigar o cérebro por uns segundos e, por exemplo, dar-lhes com o calhamaço da constituição nos cornos.

02/01/2013

angels

bom dia

Pela primeira vez, desde que se lembra, Manuel Zacarias Segura Viola não comeu as passas, que não gosta,  no virar do ano, também não abriu o espumante barato, que tolera, da praxe, não se lembrou de desejar o que quer que fosse, não distribuiu beijos e abraços a torto e direito e mensagens não enviou uma, embora esse pormenor já seja uma tradição em Zacarias.
O coração de Zacarias apontou os olhos para o céu, artificialmente iluminado pelo fogo, sentiu a humidade da geada e, por alguns instantes, esqueceu tudo menos a ironia da vida. O 2013 vai mesmo ser diferente.