27/08/2009

vale a pena

http://www.myspace.com/themusicofyears

25/08/2009

coisas simples

Na vida que tive até aqui, já fui vendedor, empregado de mesa, técnico administrativo (no estado), treinador, professor, distribuidor de congelados, barman e gestor, as três últimas em empresas minhas. Nenhuma destas actividades, excluindo treinador, me proporcionou grande prazer embora também não possa dizer que me tenha sido difícil executá-las, apareceram na minha vida com a mesma naturalidade com que foram desaparecendo. Nunca tive grande dificuldade em fazer e reservei sempre um espaço para o prazer, esse lugar, meu, sempre me sustentou, no resto ganhei dinheiro para o sustento, algumas estórias e pouco mais. Cheguei a uma fase em que tudo me diz pouco e me apetece mais a apreensão de um todo que de tudo. Entenda-se este todo como coisas muito simples, não me pretendo nenhuma Laurinda nem Solnado de trazer por casa, nunca falei com deus nem espero que ele fale comigo a não ser que seja para me pagar um copo, também não me agarro a árvores excepto se for para subir ao encontro da fruta fresca. Sei que o mundo não se pode ver a si próprio em mim, era o que faltava, o mundo tem mais que fazer e eu também, de qualquer forma nunca esperei grande coisa do mundo, até porque me parece uma entidade demasiado abstracta para ter uma relação assim tão intensa. Por agora, saber que uma formiga transporta cem vezes o peso do seu próprio corpo parece-me bem mais interessante que Isaltinos, Ferreiras Leite com ou sem programa, Bonifácios e críticas e críticos dos Bonifácios mais os editores e provedores disto tudo. Já o vinho caseiro feito por uma remota prima agricultora que bebi na Tulha Velha na semana passada me mereceu uma grande atenção e isenção de qualquer crítica, nem que positiva, bebi-o e soube muito bem, saber-me-ia melhor se me alongasse aqui a dizer que foi feito assim e assado e cozido, não me parece. Também penso saber que esta conversa não interessa a ninguém, embora nunca tenhamos a certeza, existem sempre mundos para tudo, até para pensarem perceber onde eu quero chegar ou, pior, quem eu sou, quando aqui escrevo o que quer que seja. Para mais num blog errático, sem critério, com textos, muitas vezes, desfasados no tempos e, até, no espaço. O que por aqui vou deixando não chega a ser uma gota de água do que escrevo quanto mais do que sou. Neste último fim-de-semana enquanto bebia outra excelente vinhaça caseira de uma quinta de uns tios meus em Palmela, perguntei a outro tio que escreve e já editou 3 livros de poemas, extraordinário né, se tem escrito ultimamente. Na sabedoria da idade disse-me que não tem querido ter tempo, entre o trabalho, a música (também é músico), a pesca, ajudar os outros tios na quinta e a atenção dedicada sobre a grande paixão da vida dele, a minha tia claro, o tempo que lhe sobrava era pouco. Já viram o esforço que muitos fazem nos ginásios para ficarem fortes e musculados, ponham os olhos nas formigas. É por tudo isto e muito mais que prefiro as ondas onde mergulho, as ditas formigas ou este simples poema que o meu tio fez para a minha tia. No teu mar de ondas sem fim Cai o céu azul e marfim O desejo, a sede de ti No teu mar, eu nuvem bebi. Lindolfo Paiva, in imagem da palavra, edição de autor, Pinhal Novo 2006.

24/08/2009

esquecidos ou quase

Logo esta que cheguei a tocar muitas vezes pelos bares da Caparica e em que o Nuno se perdia num solo final tão esquizofrénico quanto ele.

20/08/2009

Na TV, em rodapé, diz que os new yorkers ganham mais do dobro dos alfacinhas. Eu quando lá estive era para aí o dobro a dobrar mais duas vezes e sei que não mudou muito mas está bem.

encontrar as diferenças

esquecidos ou nunca lembrados

See the children play by Running try to touch the sky When one falls you hear a cry “You’re dead, you’re dead, you must die” “Take a dream and fly away” she will call They will wait for you not I, see me crawl And sometimes I feel so old I never smile nor do cry Shadows flicker from above “Seeker save your soul” she said She will fly, she will fly He will wait far away A golden key to open the door Behind which the answer lies You sinned in dreams Now awake in deeper, deeper dreams “Take a dream and fly away” she will call They won’t wait for you not I, they will wait for you not I See me crawl, she will fly far away. Decline and fall… Never return… Die… Mary be so proud, things that are not allowed To take your own life, stab it with a knife They put you in a box, send you up to heaven Oh what to do, not to feel and who are you Give me money give me sex Give me food and cigarette What should we do if baby turns blue? You broke my heart, it came in two The faculties of a broken heart I go out on Monday, looking for a Tuesday Nothing ever makes much sense You don’t seem to make much sense It was an accident, I didn’t mean it John had a bomb and he lit it in his head Went to bed for seventeen weeks Took too many drugs now he don’t eat They put you in a box and send you up to heaven The moon has eyes and watches me As I go to sleep I’ve caught so many falling stars There’s holes in my hands Such a tale I could tell you Oh, I will take one more step Get down on your knees, crawl! Another dead soldier - me that’s all Take a chance Take a chance today Fall in love - run away True bliss for a couple of hours Picking up the vainest loving flowers Brothers! Sisters! Mothers too A chip on my shoulder as I get older Hey, buy me a drink and I’ll be like you Can’t walk, can’t sleep, can’t think My eyes deceive me my friends are freaks A lover or a liar in the midnight sun A lover or a liar, oh which one? Oh leave me, or love me, I’m everyone’s fool Confusion! Oh my Jesus guilt “Am I man enough to take this?” Get out of my way Get out of my way You should know better Is pain the only comfort? Is pain the only comfort? My luck is where I fall Acceptance! Deliverance! Who? Who am I fooling? Tomorrows never come I am the meat I am the murder The eye of the fork This man must walk Oh no! Oh no! I’m just one step, two steps, three steps away Oh the moon looked down and laughed… Hey blue moon, you saw me standing alone Without a love of my own

13/08/2009

AUSÊNCIA MOÍDA EM FADIGA CANSADA

Voz que se abre e grita, grita alto, muito alto! Grita a apreensão mais o desespero. A alma é um vulcão adormecido, sem paz e, sobretudo, sem luz. O silêncio apaga-se nos pensamentos e a fadiga repousa nos braços cansados. Voz rouca que se cala, cala alto, muito alto! Cala os conceitos e preconceitos. O espírito é um mar estagnado, superficial, sem ondas, sem sal. O movimento é a paragem sem destino e a fadiga repousa nos braços cansados. Os morcegos roem as flores, tudo escurece, escurece muito! Negro contorno da existência. Assim vai toda a chama, todo o querer, toda a vontade, toda a beleza, desejo ou amor. E, de repente, a ausência vestida de morte que, em qualquer altura, encontra espaço na vida. E esta fadiga que repousa nos braços cansados!

FADIGA MOÍDA EM AUSÊNCIA

Já não sei o que se passa, se o cansaço é tristeza ou a tristeza cansaço, mas sei que estou cansado e alegrias já não encontro faz tempo. Nunca fiz ideia do que é a felicidade, talvez a ausência na abstração, talvez apenas o sol que nasce todos os dias. Mas se até ele, por vezes, se esconde e desaparece tristemente. Já não sei o que é isto, se é a mágoa da vida ou a vida que magoa, mas sei que sinto mágoa e com a vida não me encontro faz tempo. Nunca percebi a causa de certas coisas, talvez seja assim porque é assim, sempre, talvez apenas a razão que teima todos os dias. Mas se até ela, por vezes, se perde e desaparece tristemente. E, assim, não sei o que se passa, se a dor é no corpo ou o corpo a dor, mas sei que dói, e o corpo existe porque está lá faz tempo. Nunca encontrei a esperança de perceber, talvez a inteligência seja isto, talvez seja o inimigo a abater. Mas se até ela, por vezes, se desentende e desaparece tristemente. Pois! Não sei mesmo o que é isto, se é o pensamento da alma ou a alma que pensa pensar, mas sei que penso e a alma desiste porque sim faz tempo. Nunca quis o desentendimento das partes, talvez o cansaço seja o sorriso da derrota, talvez seja como o sol que nasce todos os dias, mas no fim, cansado, desiste e desaparece também.

CANSAÇO MOÍDO EM AUSÊNCIA FATIGADA

Apetecia-me fechar os olhos e dormir, poder descansar embalado num sonho sereno e desistir desta procura vã de um não sei quê que não sei. Sou a ilusão sem encontro, sou uma ficção sem sentido, sou a emoção que se perde com o tempo, menos a mágoa que mói todo o espírito e corpo. Apetecia-me fechar os olhos e dormir, deixar de sentir a desolação que dói na carne, cansa a alma que, desordenada, não se encontra. Parar de viajar sem caminho, parar de estranhar o que já sei e parar de pensar mais que a água fresca, mais o sal das ondas onde mergulho. Apetecia-me fechar os olhos e dormir, conseguir florir, sereno, os meus sonhos e acalmar a ânsia das coisas efémeras. Serenar os sacrifícios, serenar a loucura, serenar a consciência dos erros, mais as atitudes que foram porque existiram. Apetecia-me fechar os olhos e dormir, acabar o pesadelo de não saber chorar e fechar a porta ao desespero traquina. Ser a calma das palavras ausentes, ser a calma das coisas que não vejo, ser a calma do acaso que não sei, mais o sonho que me adormece em seus braços.

04/08/2009

The Verge

neste abismo que somos erra um vulcão de dentro soltamos bramidos estrépitos sem DÓ subimos a escala e escalamos até ao topo no alto do SI que somos olhamos para baixo dizemos adeus e partimos o abismo cresce e a peregrinação começa estridentes enFÁticos procuramos todas as notas que desafinam e desafiam voltamos regressados de LÁ e avistamos o SOL dizemos olá e seguimos o abismo molda-se procura e alcança o mar apanha o barco e vagueia pela RÉ o vento contrapõe um sustenido menor de MIstério harmónico entrelaçado na melodia dizemos agora e gritamos Somos o Abismo e Queremos Ser Ouvidos!

03/08/2009

antologia do esquecimento

Tenho andado distraído, ocupado, com pouca vontade, longe de computadores e, sobretudo, antologicamente esquecido. Isto porque só agora me apercebi que o Henrique voltou aos blogs. Fui curta a espera, ainda bem. Vão lá ler a série do redondo vocábulo e digam lá se não é ainda bem. http://universosdesfeitos-insonia.blogspot.com/

02/08/2009

rei que é prince

Passado um primeiro período de nojo e, principalmente, muita nojeira, agora um Rei assim mais Princepe, embora não embarque muito em monarquias e, pelos vistos, ele também já se tenha deixado disso. Ainda bem. Como o original não entra fica aqui o que pode ser.