31/12/2008

bom 2009

Para 2009, aconselho pessoas como o HMBF do insónia, o João Lopes do Sound$Vision, o Pedro Mexia do estado civil entre outros, a entregar os respectivos teclados ao génio das prosas do Pacheco Pereira no abrupto e aos "ressabiamentos" com estilo do João Gonçalves no portugal dos pequeninos. Xutos & Pontapés Sou Bom

banda sonora para as 00 h

The Beatles - Helter Skelter Jimi Hendrix - Voodoo Child Sex Pistols - Anarchy In The UK Nirvana - Smells Like Teen Spirit Metalica - Enter Sandman Rage Against the Machine - Killing in the Name entre outras...

30/12/2008

doente, quem?

Ontem revi os momentos Tumba dos Gatos Fedorentos, passando a piada da primeira vez, desta vi-me a pensar na amplitude de tais programas. João Lopes no soun&vision tem alertado, muito bem, para a primazia do discurso novelesco "...com a formatação das narrativas e normalização dos olhares todos os dias decorrentes do domínio totalitário das telenovelas...", cada vez mais imbecil e vazio de conteúdo narrativo e até de imagem, cenários sempre com muitas cores e a transbordar de uma falsidade arrepiantes. Mas que se pode esperar de uma geração que já cresceu e foi formada em momentos fascinantes como os que vimos nos Tumba, desde o big show sic ao muita louco até aquele momento mágico com o ícone da cultura que é o Toy. Quando apareceram as tv's privadas passou a valer tudo, o resultado está aí, seja no jornalismo das gripes e outras desgraças, seja nos conteúdos culturais ou colturais. Agora vou ali ver se apanho uma gripe, que está a chegar o pico da doença e não tenho nem uma gota no nariz.

29/12/2008

hipocrisias

Nesta hipocrisia em que vivemos, o que eu mais gosto são as pessoas que não tratam dos seus pais, avós e até filhos, mas gostam de falar, recriminar e aconselhar. Quando se lembram de estar com eles é só beijinhos. Só não digo para porem os beijinhos no cu porque os beijinhos no cu até são bons.

26/12/2008

mudar as cordas

Mudar as cordas sempre foi um frete para mim, mas até gosto de passar o óleo de cedro e ao som de Johnny Cash até escorre melhor, agora que o disco acabou deixo aqui uma. Johnny Cash Hurt

24/12/2008

boas festinhas

Contemporâneos Salvem os Ricos O RFF do hipocrisias indígenas que me desculpe o decalque, mas esta não podia deixar passar. Parece-me que aqui os contemporâneos atingem o máximo da crítica do que é o mundo de hoje e, ainda por cima, conseguem por-nos a rir por isso. Vi quase todos os programas, mas esta tinha deixado passar e parece-me o melhor momento de todo um conjunto já de si muito bom. Por isso boas festinhas que as festas estão caras e a crise é grande.

23/12/2008

que se lixe o árbitro, vivão os trenadores coltus

O treinador do Nacional é um tipo culto e engraçado, disse logo a seguir ao jogo o seguinte: claro que a subtracção de um jogador nosso dificultou, etc e etc (palavras difíceis)... rapaz da sport tv: então e o lance polémico no fim do jogo? treinador: sinceramente do lugar onde estava, com 22 jogadores à minha frente, não consegui ver e etc (mais palavras de cinco tostões como se dizia quando existiam tostões). 22 jogadores, então e a subtracção já não contando com o Moreira entre outros. Depois ainda falou da mão do Nuno Gomes e que não era golo e mais não sei o quê. Não foi o Nuno foi o Miguel Vítor ó sinceramente subtraído pá. Que é que se pode esperar de uma pessoa que ficou chateada com um sketch dos gatos fedorentos sobre a forma peculiar como este fala dos jogos.

errata

No post anterior referi o texto como pertencendo ao insónia mas não, era o estado civil do Pedro Mexia. Foi engano de simpatia, acho que já várias vezes demonstrei que o blog do hmbf é aquele pelo qual sinto uma maior afinidade, não conheço o Henrique pessoalmente, mas garanto que se passar pelas Caldas lhe faço uma visita à livraria e me identifico com um abraço se ele me permitir. Posto isto, as minhas desculpas a todos pela troca, a porra da tesão deu-me a volta à cabeça.

22/12/2008

ainda a tesão

Bem f Ele conta-me que uma mulher lhe disse: «eu gosto de ser bem fodida». Não sei se foi um statement, um clin d'oeil, um caveat ou qualquer outra coisa em estrangeiro. Sei que ele ficou como ficam os homens quando as mulheres usam linguagem reles: surpreendido, chocado e excitado. É verdade que, tirante o vocábulo, ela não disse nada do outro mundo. Toda a gente gosta de foder ou ser fodida, de preferência bem. A falta de manutenção ou o serviço deficiente já não são tolerados, especialmente pelas mulheres, que antes tinham de suportar o que lhes calhasse em azar. Hoje em dia uma mulher perdoa tudo a um homem, até violências e traições, mas não perdoa ser mal fodida. Abençoadas. Texto de Pedro Mexia no estado civil Na realidade, o que não se desculpa é a falta de vontade e dedicação no acto, no fundo é uma questão de tesão, seja homem ou mulher.

18/12/2008

2009

Nestes dias, tenho recebido votos de felicidade, sucesso, entre outras palavras mais ou menos bonitas, sucesso é muito feia por acaso. Não se cansem, para o próximo ano só quero uma coisa. Continuar com tesão. Nirvana Lithium

15/12/2008

Manoel de Oliveira

No meu último ano do curso de Ciências da Comunicação, farto de publicidade e, ainda mais, de jornalismo, optei por realização e produção de cinema. Num estágio final de três meses no Cenjor, tive de fazer um documentário. Nas primeiras semanas, enquanto aprendíamos a editar, o formador, penso que o editor chefe da TVI, pôs-me a alcunha de Manoel de Oliveira, segundo ele os meus planos eram demasiado longos. Apesar de ser só uma brincadeira deu para constatar dos preconceitos que, até os profissionais do ramo, têm para com o cineasta. A piada até esbarrou no facto de conhecer mal a obra do centenário realizador, quatro filmes apenas, e a minha indiferença traduziu-se em acabar a realizar o documentário sozinho, os meus colegas assustaram-se penso eu. Por azar tive a melhor nota, mas o referido formador ainda me disse que o documentário era demasiado triste, como para mim demasiado nunca foi demais agradeci. O pior é que fiquei com a sensação, quase certeza, que o rapaz nunca tinha visto um filme de Manoel de Oliveira.

12/12/2008

ainda o natal

O meu pai teve uma bela prenda de natal. Como tem uma reforma bastante alta, cerca de 450 €, as finanças resolveram cortar 160 € devido a uma dívida, tudo bem quem deve tem de pagar, eu acho que ao Estado nem sempre mas enfim deve, deve. O problema é que não deve, a referida dívida está paga e foi paga há mais de três anos, mais de 36 meses, mais de 1080 dias. Muitos meses, dias, horas, minutos para entrar num sistema de computadores obsoleto e não foder o natal a uma pessoa, que mais do que a honestidade, se fartou e ainda farta de trabalhar (desde os 10 anos) para este estrume à beira mar plantado. Sei que as finanças andam atrás das pessoas como os cães atrás de gatos, já era tempo dos gatos que não têm carros desportivos último modelo soltarem as garras e deitarem fogo a umas quantas repartições, principalmente a sede, porque parece que o problema é sempre na sede. Entretanto, num pequeno negócio que ele tem em nome individual porque 450 € só dão para metade da prestação da casa, água, luz, etc, ou seja não chega para comer, faz umas vendas para umas escolas, como estas pertencem ao Estado, os serviços só pagam se a pessoa (empresa) não tiver dívidas, nem às finanças nem à segurança social. Para receber é preciso apresentar de 6 em 6 meses, não é ano a ano, é mesmo 6 em 6 meses uma declaração de cada instituição em como não existem dívidas. Tudo bem também, ele tem as declarações, o que só por si invalida a "estória" dos parágrafos anteriores mas, mas sei lá, como não sou nenhum Kafka não consigo fazer melhor, de qualquer forma tudo bem, não, tudo mal, porque o prazo das declarações expirou e era suposto terem renovado automaticamente, pois o meu pai tinha posto uma cruz para esse efeito mas nada. Ou seja não só não recebe do Estado como ainda lhe gamam 150 € da reforma, por isso: Viva o natal; viva as finanças; viva a segurança social; viva Portugal, aliás portugal; viva a Puta que os Pariu e, principalmente, viva o fogo nas sedes.

10/12/2008

o natal o lindo natal

Só saiu esta porcaria, não sei se a minha tia vai gostar, muito menos a professora De ano para ano, todos os anos segue em ritual. São as luzes, os enfeites ou o engano, do calor que queríamos, talvez divino, talvez humano, talvez esta cor não fique mal. Compra, compra, se não te serve dá, oferece. Não tens notas ou moedas tens cartão, ou inventas qualquer coisa, que o comboio já está na estação, se não entras ele vai e esquece. Lembra, lembra, não te deixes ficar, caminha. Nesta paragem todos podem entrar, mas vai cedo e prevenido, que a lotação pode esgotar e a entrada não se adivinha. Perde, perde, se não perderes não há pobres. E queremos muitos pobres para ajudar, ou uma coisa assim, que fique bem e dê um ar, de sentimentos puros e nobres. De ano para ano, todos os anos segue em ritual. É a certeza da ilusão da esperança, ou de uma vontade qualquer, talvez uma mão, talvez a mudança, que queres sempre e não só no Natal.

natal

Uma tia minha pediu-me um poema de natal, não sei bem para que efeito, o meu puto idem, para a escola, duas alunas de guitarra pediram-me para ensinar uma música de natal. Isto anda seco, ainda por cima com a hipocrisia que esta época representa mais seco fica. Como é que se explica isto a quem não merece que lhes estraguem a festa.
Suaram, aleijaram-se, morderam os lábios e até choraram mas ganharam a uns putos muita grandes e fortes do Paço de Arcos. Os meus meninos do andebol aprenderam este domingo que a vontade e capacidade de sofrer fazem parte do caminho e não só no desporto, há 3 meses que lhes digo. Fico feliz que tenham percebido. Ainda que de uma das bandas mais foleiras de sempre, para eles a música certa. Queen We Are The Champions

05/12/2008

em stock

O Festival Super Bock em Stock foi uma desilusão, grande confusão para organizar o programa, salas esgotadas e duas delas manifestamente más para este tipo de evento, o Teatro Variedades e o Maxime, incluindo para os desgraçados dos técnicos de som. Na primeira noite no São Jorge, vi uma Ladyhawke com uma banda muito bem ensaiada, um baterista muito bom, 2 ou 3 boas canções mas pouco mais. Do outro lado, no Tivoli, sala bonita e com boas condições, ainda cheguei com um José James em palco e para surpresa minha assisti a uma boa actuação de um jazz muito cool, pena o som demasiado baixo, dizia o técnico que não podia usar os compressores, só para a Santogold, coisa que achei estranho mas enfim. A dita, de santa tinha pouco, mas de diabo também não tinha nada, novamente algumas boas canções, mas a falta de músicos torna o concerto demasiado digital para mim, tenho a certeza que com uma banda seria bem melhor. Ainda fui ao Maxime para os El Perro del Mar, até consegui entrar sem dificuldade mas desisti, o som é muito mau nesta sala, conseguir sair é que foi mais difícil. No segundo dia de festival comecei com a Lykke Li no Variedades, a sala não ajudou, mas não foi o que estava à espera, meio desiludido saltei para o Tivoli, pelo menos dá para curtir o espaço, e estava a cantar um Camelo, mais propriamente um Marcelo Camelo. O que faltava à Santogold aqui sobrava, oito músicos em palco, sendo que o guitarrista ao lado do trompetista persistia em estragar uma música muito bem feita e sobretudo sincera, com muitas das virtudes da boa música brasileira, mas, infelizmente, também alguns dos defeitos, mais uma vez o som boicotado, não consigo mesmo entender. Por fim a banda onde depositava mais esperança, fruto de um bom recente disco, mas com os Walkman apanhei a desilusão maior. O som que faltava aos desgraçados das primeiras partes aqui sobrava e a banda não ajudava, muita tesão descontrolada, o rock também é isso, mas aqui não funcionou, além de alto o som estava embrulhado, só que vinha embrulhado dos próprios músicos, nas primeiras filas conseguia ouvir o som de palco. Diria que a vontade estragou um conjunto de boas e até muito boas canções. Ainda fui ao Variedades, mas não consigo gostar dos X-Wife e ainda menos da sala, 3 músicas foram suficiente. Parece que para o ano esta ideia um pouco parva de por as pessoas de um lado para o outro é para continuar, ainda por cima a pagar 40 € é que os sapatos não estão baratos.

01/12/2008

convergências

Gosto tanto quando os chamam de sectários enquanto arrumam a casa num piscar de olhos. Uns gostam de convergências, outros gostam de fazer coisas como por exemplo, arrumar a casa assim, num piscar de olhos. Gente mais sectária só pensa em trabalhar.