01/07/2011

valsa do adeus

Uma valsa em rodovia,
andamento em compasso ternário,
duas vozes paradas,
dança adiada.

Se soubesses o impossível,
o veludo da palma das mãos,
o desfolhar dos minutos,
a ferida do tempo.

Um adeus invisível,
personagens de ficções trocadas,
“estórias” e a vida,
a realidade a passar.

Se quisesses o sorriso,
o beijo no fim do poema,
o entendimento dos sentidos
a descoberta do amor.

Uma valsa a sós,
sobre pétalas de muitas cores,
dois corpos apertados,
dança adiada.

E o mundo parado a ver.

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