13/03/2012

XVI

E perde-se mais um dia na ânsia de te encontrar.
Como agarrar a terra se não te acho as mãos.
Como cheirar o hálito se não te vejo a boca.
Mais um interregno marcado no tempo,
Como as folhas que vão e voltam com as estações.

Assim, o teu corpo são as raízes e eu sou o tronco.
Tu profunda dentro da terra sorvendo a água
que sustenta a minha robustez.
A tua vontade é o vai e vem das folhas
que os meus ramos aguardam.

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