14/10/2008
Não há engano,
na tormenta voraz dos acontecimentos.
O que foi, o que é e o que irá ser,
não há desvios, paragens ou perspectivas abstractas.
O caminho, que é uma estrada já feita,
terá o tempo que o tempo precisa,
sem pressas, que o tempo tem os seus caprichos
e leva, sempre, o tempo que o tempo tem.
Não há engano,
no desbravar voraz dos sentimentos.
O que se quis, o que se quer e o que se irá querer,
não há curvas, atalhos ou certezas condicionadas.
O destino, que é um fado já cantado,
terá todo o espaço que o espaço precisa,
e, na vastidão, qualquer dúvida será varrida,
porque o espaço quer-se vasto mas limpo também.
Não há engano,
no tempo e no espaço que é só um.
Onde tudo o que foi dito, se diz ou virá a dizer
é, tão só, um ciclo de repetições constantes.
Nesta vida, que temos e fazemos,
o tempo que levamos leva-nos também
e o espaço que é nosso é aquele que conquistamos.
Resta-nos esperar que os enganos se vão apagando.
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2 comentários:
mt bem escrito, colega;)
um abraço
"muito bem escrito", dito por um pulido valente, seja ele quem for, soa bem :)
agora a sério, ainda bem que gostou
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