04/08/2010
ao tonan
Xupa portugalês e sai do chão,
arrasa montanhas e dobra o colchão,
esta bardamerda é só uma ilusão
feita do cio vadio de um cão.
Dobra cabrão dobra,
inquina a certeza dessa ilusão,
os lençóis são uma cobra
tu o cio vadio de um cão.
E se a punheta também é foda
e a surpresa sempre à mão
cinco dedos sempre à roda
agarrados a qualquer situação,
estas palavras são a demora
de um estilo sem razão.
Xupa portugalês e xupa outra vez,
mas cospe o esperma para o chão
não vá sujar-se o colchão.
E depois de uns copos de xerez,
não penses que isto é uma ilusão
de quem perdeu a razão
ou de quem não sabe o que fez,
porque a punheta também é gente
que a muitos deixa contente,
e se por acaso perderes a noção,
lembra-te que a necessidade é premente
e o sangue vem do coração,
bomba frenética e quente
como a lava de um vulcão.
Dobra-te cabrão dobra e mancha o lençol,
desfaz-te nesse colchão,
enrola-te como um caracol.
Nessa certeza sempre à mão
és o vicio vadio com o cio de um cão.
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