Gosto de casamentos, desde que me lembro sempre gostei de casamentos.
Em miúdo, apesar da minha timidez racional, gostava de ver, observando, as pessoas e o ritual das roupas, das promessas, dos cumprimentos, dos sorrisos, das promessas, das fotografias, das felicitações, das promessas e da felicidade geral que se abatia sobre aquele dia.
Chegado a adulto nada mudou, gostava tanto que acabei por casar com 21 anos, foi um belo dia de belas roupas e promessas e mais promessas e belos sorrisos, estão guardados algures em álbuns de fotografias e em vídeo mas, principalmente, na minha memória.
Já não ia a um casamento há anos, desde o meu divórcio nunca tinha ido a nenhum. Em Julho fui ao casamento de um primo que é como um irmão mais novo. Que posso dizer, já sem timidez continuo a ver, observando, tudo e também as promessas que são bonitas porque são isso mesmo promessas.
Foi um grande dia, o meu cinismo caminha noutras direcções, além disso fazia tempo que não usava fato e gravata, coisa que nem me fica nada mal.
Vejam lá se não pareço um 000 qualquer.
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PS: Além disso este casamento teve um delicioso pimba-surrealismo. Como se não bastasse a visita surpresa (preparada pela noiva) da águia Vitória, ainda me empurraram a cantar o
Wish you were here, com o tratador da águia exuberante na guitarra elétrica, eu a tentar lembrar-me da letra pensando como é que tinha ido ali parar e a banda atrás aos gambuzinos com o guitarrista muito parvo a olhar para a sua Ibanez a ser tocada pelo Barnabé.
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Os olhos fechados do Barnabé e como é que é a letra mesmo.
3 comentários:
AH LEÃO!
Hum... águia??
Era só para elogiar a coragem :)
E já agora aproveitas e vês o meu também.
Nádia.
já vi, tou parvo sobrinha linda
Tás parvo?
Porquê? xD
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