09/11/2009

evolução

Mas antes o autor conta-nos o terramoto, depois de ter entrado no livro apresentando a entrada de um barco no rio Tejo em Lisboa (Cap. 1, “Quem nunca viu Lisboa não viu coisa boa”), e de ter apresentado o rei que reinou em Lisboa na primeira metade do século XVIII, D. João V, para uns o Magnânimo e para outros o Freirático (Cap. 2, “Na corte do rei D. João”). A impressão que Paice transmite sobre o século XVIII português é a mesma que os viajantes ou residentes estrangeiros deixaram, até porque o autor se baseou em larga medida nas fontes britânicas (e irlandesas), nomeadamente as dos comerciantes dessa nacionalidade que aqui se encontravam na época, dada a existência de alguma protecção ao seu comércio em troca da protecção oferecida nos mares pela Royal Navy. Portugal era, para os estrangeiros que nos demandavam e que aqui se estabeleciam, um sítio algo distante e exótico. Apesar da riqueza que D. João V tão exuberantemente ostentava (em grande parte proveniente do Brasil) era, sob vários pontos de vista incluindo o cultural, um país atrasado relativamente aos países da Europa Central e do Norte. Segundo viajante Arthur Costigan, citado por Pairce, era como se “Igreja e estado concordassem ambos em manter a nação naquele estado de escravatura, ignorância e pobreza do qual dependia a sua própria conservação e segurança.” Aqui http://dererummundi.blogspot.com/2009/11/ira-de-deus.html E assim continuamos.

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