27/12/2009
cinismo
Enfim, cínico, dandy e libertino, o libertário mostra-se, também, romântico, pois sabe que se comprometeu num combate de Titãs no qual tudo irá perder, excepto a honra. O desfecho não oferece a mínima dúvida: nenhum sacrifício individual bastará para inflectir o curso da História de modo definitivo e duradouro. Nada pode inverter a natureza trágica do real e a permanência das lutas violentas pelo poder. Pelo menos, com a elegância a ajudar, o libertário pode dar o seu último suspiro com a satisfação de uma tarefa cumprida até ao fim, apesar de todas as dificuldades.
A ler estes elogios aqui,
antologia do esquecimento: ELOGIO DO CINISMO (11)
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