Pela primeira vez, desde que se lembra, Manuel Zacarias Segura Viola não comeu as passas, que não gosta, no virar do ano, também não abriu o espumante barato, que tolera, da praxe, não se lembrou de desejar o que quer que fosse, não distribuiu beijos e abraços a torto e direito e mensagens não enviou uma, embora esse pormenor já seja uma tradição em Zacarias.
O coração de Zacarias apontou os olhos para o céu, artificialmente iluminado pelo fogo, sentiu a humidade da geada e, por alguns instantes, esqueceu tudo menos a ironia da vida. O 2013 vai mesmo ser diferente.
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