15/12/2008

Manoel de Oliveira

No meu último ano do curso de Ciências da Comunicação, farto de publicidade e, ainda mais, de jornalismo, optei por realização e produção de cinema. Num estágio final de três meses no Cenjor, tive de fazer um documentário. Nas primeiras semanas, enquanto aprendíamos a editar, o formador, penso que o editor chefe da TVI, pôs-me a alcunha de Manoel de Oliveira, segundo ele os meus planos eram demasiado longos. Apesar de ser só uma brincadeira deu para constatar dos preconceitos que, até os profissionais do ramo, têm para com o cineasta. A piada até esbarrou no facto de conhecer mal a obra do centenário realizador, quatro filmes apenas, e a minha indiferença traduziu-se em acabar a realizar o documentário sozinho, os meus colegas assustaram-se penso eu. Por azar tive a melhor nota, mas o referido formador ainda me disse que o documentário era demasiado triste, como para mim demasiado nunca foi demais agradeci. O pior é que fiquei com a sensação, quase certeza, que o rapaz nunca tinha visto um filme de Manoel de Oliveira.

1 comentário:

rff disse...

Óscares de gajas atrás de mim...
Grande lembrança.