12/12/2008
ainda o natal
O meu pai teve uma bela prenda de natal.
Como tem uma reforma bastante alta, cerca de 450 €, as finanças resolveram cortar 160 € devido a uma dívida, tudo bem quem deve tem de pagar, eu acho que ao Estado nem sempre mas enfim deve, deve.
O problema é que não deve, a referida dívida está paga e foi paga há mais de três anos, mais de 36 meses, mais de 1080 dias.
Muitos meses, dias, horas, minutos para entrar num sistema de computadores obsoleto e não foder o natal a uma pessoa, que mais do que a honestidade, se fartou e ainda farta de trabalhar (desde os 10 anos) para este estrume à beira mar plantado.
Sei que as finanças andam atrás das pessoas como os cães atrás de gatos, já era tempo dos gatos que não têm carros desportivos último modelo soltarem as garras e deitarem fogo a umas quantas repartições, principalmente a sede, porque parece que o problema é sempre na sede.
Entretanto, num pequeno negócio que ele tem em nome individual porque 450 € só dão para metade da prestação da casa, água, luz, etc, ou seja não chega para comer, faz umas vendas para umas escolas, como estas pertencem ao Estado, os serviços só pagam se a pessoa (empresa) não tiver dívidas, nem às finanças nem à segurança social. Para receber é preciso apresentar de 6 em 6 meses, não é ano a ano, é mesmo 6 em 6 meses uma declaração de cada instituição em como não existem dívidas. Tudo bem também, ele tem as declarações, o que só por si invalida a "estória" dos parágrafos anteriores mas, mas sei lá, como não sou nenhum Kafka não consigo fazer melhor, de qualquer forma tudo bem, não, tudo mal, porque o prazo das declarações expirou e era suposto terem renovado automaticamente, pois o meu pai tinha posto uma cruz para esse efeito mas nada.
Ou seja não só não recebe do Estado como ainda lhe gamam 150 € da reforma, por isso:
Viva o natal;
viva as finanças;
viva a segurança social;
viva Portugal, aliás portugal;
viva a Puta que os Pariu
e, principalmente,
viva o fogo nas sedes.
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3 comentários:
dasse o estado polícia está mais à frente que o kafka, policiamento absurdo este.
Maria João
mais que absurdo Maria João, é triste sabes, nestas alturas só me apetece arrancar para NY outra vez.
É muito triste, tens razão.
Maria João
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