02/02/2009
meditando
Cada vez mais, tal como no tempo dos meus avós, volto a ouvir falar de mau olhado, superstições, bruxas, mezinhas. Conheço pessoas, quase todas relativamente bem e instruídas, que não param de me falar de auto-ajuda, feng shuis, meditismos e uma panóplia de situações que me deixam em estado de contracção para não ser indelicado e a abanar a cabeça ao jeito de pois, pois, tentando disfarçar o ar parvo com que fico.
Porra pá, eu também gosto muito de Yoga, mas só porque aquilo estica-me o corpo todo depois do ginásio, quando começam a chamar não sei por quem desligo.
Por outro lado, de forma mais séria, existem pessoas a organizar-se em movimentos cheios de boas intenções, mas completamente obscurantistas.
Vou a uma entrevista de trabalho e a Sra. que me entrevista(que tem trabalho e não tão mau quanto isso) começa a desabafar comigo, à velocidade da luz, durante 2 horas. Tenho uma reunião com vista a definir uma linha de trabalho para atingir determinados objectivos e está tudo completamente noutro planeta ou lugar espiritual sei lá.
Com isto tudo, começa a parecer-me que o maluco sou eu, como os desgraçados deste estudo De Rerum Natura: Conformidade ou conformismo?, que apesar de saberem que a resposta estava mal, seguem com a maioria.
Apesar desta campanha, os medos são muitos e sinto um retrocesso civilizacional enorme, mas se calhar sou eu que estou a ficar choné.
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