13/08/2009
AUSÊNCIA MOÍDA EM FADIGA CANSADA
Voz que se abre e grita,
grita alto, muito alto!
Grita a apreensão mais o desespero.
A alma é um vulcão adormecido,
sem paz e, sobretudo, sem luz.
O silêncio apaga-se nos pensamentos
e a fadiga repousa nos braços cansados.
Voz rouca que se cala,
cala alto, muito alto!
Cala os conceitos e preconceitos.
O espírito é um mar estagnado,
superficial, sem ondas, sem sal.
O movimento é a paragem sem destino
e a fadiga repousa nos braços cansados.
Os morcegos roem as flores,
tudo escurece, escurece muito!
Negro contorno da existência.
Assim vai toda a chama, todo o querer,
toda a vontade, toda a beleza, desejo ou amor.
E, de repente, a ausência vestida de morte
que, em qualquer altura, encontra espaço na vida.
E esta fadiga que repousa nos braços cansados!
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