13/08/2009

FADIGA MOÍDA EM AUSÊNCIA

Já não sei o que se passa, se o cansaço é tristeza ou a tristeza cansaço, mas sei que estou cansado e alegrias já não encontro faz tempo. Nunca fiz ideia do que é a felicidade, talvez a ausência na abstração, talvez apenas o sol que nasce todos os dias. Mas se até ele, por vezes, se esconde e desaparece tristemente. Já não sei o que é isto, se é a mágoa da vida ou a vida que magoa, mas sei que sinto mágoa e com a vida não me encontro faz tempo. Nunca percebi a causa de certas coisas, talvez seja assim porque é assim, sempre, talvez apenas a razão que teima todos os dias. Mas se até ela, por vezes, se perde e desaparece tristemente. E, assim, não sei o que se passa, se a dor é no corpo ou o corpo a dor, mas sei que dói, e o corpo existe porque está lá faz tempo. Nunca encontrei a esperança de perceber, talvez a inteligência seja isto, talvez seja o inimigo a abater. Mas se até ela, por vezes, se desentende e desaparece tristemente. Pois! Não sei mesmo o que é isto, se é o pensamento da alma ou a alma que pensa pensar, mas sei que penso e a alma desiste porque sim faz tempo. Nunca quis o desentendimento das partes, talvez o cansaço seja o sorriso da derrota, talvez seja como o sol que nasce todos os dias, mas no fim, cansado, desiste e desaparece também.

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